A sociedade atual evita falar sobre morrer, mas com as tecnologias e as comunicações em tempo real, estou certo de que em nenhum outro momento conhecido por nós a humanidade conviveu tanto com a morte, ela está presente o tempo todo, tanto a real (violência e guerras) como as da ficção (jogos e filmes).
Um grande paradoxo, pois ao mesmo tempo que a exposição excessiva banalizou seu significado, negamos a morte como parte da vida.
Mas porque falar sobre este assunto?
Este final de semana ao assistir o filme “Richard Says Goodbye”, lembrei de um conceito que desenvolvi a partir do conselho que um amigo me deu uma vez há muito tempo atrás, que foi, “tenha a morte como companheira”. Como era característico dele, soltava estas coisas para estimular a pensar.
Mas o ponto não se trata de perder o filtro social perante a proximidade da morte como o personagem do Johnny Depp no filme Richard Says Goodbye mas sim do senso de urgência perante a vida.
Temos vários exemplos de personalidades que cientes da morte iminente, realizaram suas melhores possibilidades com a mesma determinação de quem está iniciando a vida, cheio de energia e disposição, mas provavelmente Steve Jobs foi um dos poucos que deixou isto registrado com suas próprias palavras.
"Death Is Very Likely The Single Best Invention Of Life"
Steve Jobs
Viver com consciência da vida como ela é, beleza e dor, alegrias e tristezas, sem que nada disto te prenda além que o necessário e principalmente ciente da sua finitude é um grande impulso à realização, ao invés de tentar seguir os 10 passos para parar de procrastinar, basta esta consciência e o senso de urgência que ela provoca.
Morte como companheira
Sensacional